quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quero gostar de ti !

Quero gostar de ti…
Gosto tanto de ti…
Mas de outra forma…
Quero amar-te
Para não te fazer sofrer…
Quero… juro que quero…
Quero que sejas tu o meu amor…
Quero tanto que o meu coração
Me faça ver-te de outra forma…
Adoro-te tanto…
Contigo… sei…
Sei que contigo seria real…
Sei que contigo seria certeza…
Sei que contigo seria feliz…
Mas é tão difícil esquecer
Quem amamos de verdade…
Sei… sei que ela…
Sei que ela é hipótese…
Sei que ela é incerteza…
Talvez seja apenas ilusão…
Mas a ilusão que tranca a minha vida…
A ilusão que prende os meus sentimentos…
A ilusão que me remete somente a ela…
É nela que penso quando a chuva cai…
É nela que penso quando o vento sopra…
É nela que penso quando o sol brilha,
quando o sol me queima...
É o meu amanhecer...
É o meu anoitecer...
É somente nele que penso quando penso em amar…
Quero pensar em ti…
Quero que o meu coração te ame…
Sei que me faria rei no teu reino de fantasia…
Sei que me amarias de uma forma indestrutível…
Mas não posso me entregar a ti…
Gosto demais de ti para fazer isso…
Adoro-te demais para te fazer chorar…
Quero amar-te… mas apenas gosto de ti…
… gosto muito de ti…
quero esquece-la… mas só me lembro dela…
… lembro-me muito dela…
como confuso fico…
convenço-me que vou amar-te,
mas sei que é apenas um desejo meu…
como te adoro…
Gostava que soubesses o quanto te adoro…
… por favor… não sofras por mim!

sábado, 16 de outubro de 2010

Baralhas-me

Baralhas-me. Baralhas-me completamente, confesso. Não sei se é do teu olhar infindo de tempo e água e sede, se do teu cabelo castanho e lento e longo de sedas que ignoro, se de teu cheiro leve de pétala e mares e desejos, se do imaginário toque de tua pele no preciso instante em que quase cruzámos os dedos e os afectos e os beijos – ou, ainda mais lentamente, os olhares. Sim, acho que, pelo menos, cruzámos os olhares, não?

Confesso outra vez, confesso. Confesso que apenas sei que desespero sem saber para onde olhar, em cada vez que te lembro. Sem saber, sequer, como te lembrar. A não ser nas dores. Sim, és tão linda que dóis no olhar. (Sabes?)

E as palavras - de que servem hoje e amanhã e depois e seja quando for, quando não são escutadas por ninguém, nem sequer pelas falésias, também elas sempre esquecidas pelos ecos e tempestades e, tal como as palavras, secretamente sussurradas à margem de ti e de teu corpo de nuvem?

Já agora – então e os sonhos, os desejos, o imaginar-te para além, muito para além de nua, quase tu, quase sede, quase pão, quase água, quase olhar? Que farei com tudo isso?

(É que és linda, sabes? E baralhas-me).

Nunca te toquei, não te sei o sabor - provavelmente ignoras que eu, sequer, exista. Mas sei, garanto-te, juro-te que sei que és linda. E dóis no olhar (já te disse?)

É que és linda, sabes?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Seguir em frente sem ti

"Acho que finalmente vou ser capaz de deixar-te partir. Chorar o passado não me levará jamais a lugar algum. A vida é, apercebi-me, como um rio que corre sempre na mesma direcção sem jamais andar para trás.

Ao meu pequeno cais chegam diariamente inúmeros barcos, transportando pessoas que ora me são especiais ora não desempenham mais que um papel de figurantes nos meus dias. Houve uma altura em que quiseste o papel principal nesta peça de teatro em que eu serei a eterna protagonista e também já houve um tempo em que eu quis que o fosses. Infelizmente não coincidiram. O acto chegou ao fim, a cortina caiu e a peça acabou sem palmas para ti. E eu, absorta na falta que me fizeste, não dei pelos aplausos de quem permanecera comigo.

Tu partiste do meu pequeno porto seguro em busca de algo que não encontraste em mim noutras paragens. Agora vagueias, inexoravelmente, à mercê das correntes do rio. Sinceramente não sei se algum dia voltarás e, a cada dia que passa, aprecebo-me de que a tua memória e todos os sentimentos que me despertava se esbatem algures dentro de mim.

A cada dia desta jovem Primavera dou-me conta dos pequenos pormenores que são meus e que me alegram... a maneira súbtil como a Filipa fala quando me quer arrancar um segredo, as brincadeiras com o Paulo e a maneira como amua quando lhe tocam no cabelo, as piadas, às vezes secas, do Jorge, que é um melguinha, mas também um grande amigo, a frontalidade da Sofia que tantas vezes me arranca um sorriso, as ideias malucas da Marta, a maneira como o Filipe se preocupa comigo, a forma leve e divertida com que o Nuno me arranca gargalhadas por entre um jogo de gin ou de euchre...

A vida é feita de ciclos e, por isso, às vezes também há gente que regressa com a corrente. Tal como não percebo muitas vezes porque soltam as amarras quando partem, também não compreendo o porquê de voltarem a ancorar neste meu cais. E o certo é que, de momento, não me interessa. O que eu sei é que, aos poucos, estas pessoas e outras novas que cheguem vão ocupando o vazio que deixaste na minha vida... e quem sabe não chegará em breve alguém para preencher o lugar que deixaste vago no meu coração...

No fundo eu só quero amar. Quero amar e ser amada até à loucura, até à eternidade, não por aquilo que queiram ver em mim, mas por aquilo que sou cá dentro e que nunca muda. Quero um amor de romance, de novela, daqueles que vencem mil e uma adversidades e vivem felizes para sempre. Quero olhar para trás ao fim da vida e poder dizer que amei de todo o meu coração e que não podia ter sido mais feliz. Um dia pensei poder compartilhá-lo contigo, mas, ao que parece, era simplesmente algo que não estava destinado a acontecer. Perdi uma oportunidade única talvez, mas outras virão, com outra pessoa que me consiga tocar de maneira mais profunda. Quem sabe essa pessoa já não tarda? Quem sabe se já não chegou? Quem sabe não partiu e vai regressar? Só o tempo... e eu, por ora, não tenho pressa para nada senão para ser feliz, vivendo um dia de cada vez à espera de um momento que, cedo ou tarde, vai chegar e mudar a minha vida para sempre... para melhor."

domingo, 12 de setembro de 2010

Fica Comigo

Fica ao meu lado!
Hoje não te vou fazer promessas de amor,
Hoje não vou fazer entregas,
Hoje não vou jurar que te amo…

Hoje vou apenas dizer-te
Que preciso de ti!
Vou mostrar que por vezes
Também sou fraco!
Hoje quero apenas
Cair no teu colo
E apertar tanto o teu corpo…
Quero dizer-te
Olhos nos olhos
Que também eu tenho medo
De sofrer
E de te fazer sofrer,
Que tenho muito medo
Que não voltes!
Hoje só te quero dizer
Que amo amar-te
Mas que amar-te dói demais!

Hoje não te quero provar nada…
Hoje… só contar-te as minhas fraquezas!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dor=Suicidio

No final de mais um dia, confesso às palavras a dor que sinto, a tristeza que me invade e a confusão em que vivo.
Perco-me nas letras que cuidadosamente se formam em palavras de dor, de tristeza e de confusão.
São guiadas por um espírito desesperado e ganham a vida de uma alma cheia de sofrimento e de desânimo. Não interessa a forma que ganham enquanto os dedos digitam cada carácter, apenas a voz que desesperadamente gritam quando se realiza uma leitura rápida.
Liberto nas palavras o ódio que sinto por mais momentos de fracasso numa vida que caminha calmamente para o abismo. Um abismo que se vai anunciando aos poucos e isso…bem, isso tortura-me, tira-me o sorriso do rosto bem como a força que me resta.
Diante das letras, arranco a dor que me invade, a tristeza que me acompanha e a confusão que habita em mim.
Digo-lhes o que penso e elas juntas dizem-me o estado em que se encontra a minha alma.
Sem saber o que “dizer”, sem saber o que escrever, escuto a chuva que cai no telhado, o barulho que o vento calmamente tende a mostrar e respirando fundo sinto no meu interior o desespero…a tentativa do meu espírito se soltar…se libertar…da espécie de corrente sombria que lhe acorrenta a um sentimento de desespero e angustia.
Cansado desta sensação, hoje resolvi colocar a dor, a tristeza e a confusão num “saco”. A este saco dei-lhe o nome de “esperança” e bem apertado pousei junto ao parapeito da janela…na esperança que o vento o leve…e o abra bem lá no ar…e que a brisa húmida espalhe cada pedacinho de dor, cada bocadinho de tristeza e cada restinho de confusão que eu resolvi deitar fora…e quando acordar me sentir livre, com força e com a sorte que infelizmente não quer nada comigo.
Perdido nas palavras de dor, de tristeza e de confusão vou deitar-me e sonhar com um momento melhor…momento esse que numa situação idêntica me faça perder em palavras de alegria, de bem-estar e de certeza que tudo está no trilho certo.


domingo, 8 de agosto de 2010

(...)

Quero-te em mim…
Quero-te sentir bem próxima do meu corpo.
Beija-me… Beija-me outra vez.
Faz-me enlouquecer.
Esta noite quero que sejas toda minha.
Despe essas roupas que te escondem esse corpo de segredos.
Junta o teu corpo ao meu… Quero sentir a tua pele quente… ardente…
Louca de desejo, cheia de vontade por mim.
Sou teu… Usa, abusa, deste meu corpo feito para te servir…
Faz amor comigo…
Sente a minha respiração junto aos teus ouvidos…
Treme de paixão… Liberta esses teus gemidos.
Vou-te deixar louca… Louca e embriagada com tanta sedução.
Mostra-me os teus encantos, os teus segredos escondidos.
Os nossos lábios serão a prova desta nossa noite de amor.
Quero beijar os teus seios, saciar-te por inteiro…
Será a mais louca noite de paixão.
Faz amor comigo…
Esta noite sou só teu e tu és toda minha.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como Chocolate

Naquele instante dois desejos irradiavam em nós, o desejo do chocolate doce que adoça qualquer boca, e o desejo de uma relação
quente que aquece qualquer coração. Aquele olhar penetrante e o desejo insaciante que permutava entre nossos corações, era incontrolável,
era um desejo nunca antes sentido e forte demais para ser ignorado, só era curado, saciando-o...
O chocolate na minha boca, ia ao encontro da tua. Com pequenas dentadas de chocolate ia ao encontro de teus lábios, que com o sabor do
chocolate ficavam ainda mais gulosos e perfeitos. O chocolate escorria em teu pescoço e cobria teus seios, e minha vontade de o provar
aumentava e aumentava. Com lambidas suaves, retirava todo o chocolate que se encontrava nelas e teus gemidos doces, sabiam ainda melhor
quando te provava.
O chocolate continuava a descer no teu corpo, como o meu desejo em te encontrar mais abaixo, e então seguia o chocolate como se este
procura-se em teu corpo todo o desejo, tal como eu próprio. Chegado a teu sexo, efectuava o mesmo ritual, até não deixar uma réstia de
chocolate nela. Depois com penetrações suaves matava mais um desejo, e com palavras doces dizia focando em teus olhos, o quanto te amo.
No ponto máximo, comendo chocolate em teus seios, e sentindo teu corpo arquear com prazer, os dois vamos ás nuvens, juntos num mundo só
nosso. Tínhamos matado dois desejos, num momento demasiado doce, que nem as minhas palavras mágicas são capaz de descrever...

Simplesmente amar-te, é mais doce que chocolate!